Eu tenho poucos
motivos
para sorrir.
Mas isso basta
para que viva uma
vida repleta.
Repleta de dor e
solidão. Mas
com um sorriso no canto
da minha boca
estúpida.
E eu minto para mim
mesmo
só para
respirar
melhor.
Para viver
mais
um dia;
para sorrir.
E minha boca
e minhas mãos
e meu abraço
não são bons o suficiente
para agarrar
e segurar
tudo o que eu amo.
Mas meus olhos sempre vêem
tudo ir
embora.
E de amores
o que eu mais lembro
são as costas.
E alguns momentos
cheios de alegria
e lágrimas.
domingo, 16 de novembro de 2008
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
O Ônibus
Eu sento no
ônibus e ele
anda
por lugares e pessoas
que não conheço.
E senta alguém
do meu lado.
E na minha cabeça
algumas palavras
algumas dores
sentimentos e sorrisos
se juntam
e eu penso em alguns
versos para outro poema.
Ninguém sabe o que eu
estou fazendo.
E eles me olham e me
julgam e
eu penso
se eles imaginam
o que se passa pela minha
cabeça.
Se eles conhecem
os versos
sujos
e mal feitos que eu
vomito no
teclado.
E, então, eu penso
que se eu sorrisse mais
seria mais feliz,
fizesse mais sexo
ou algum sexo
eu seria mais feliz.
E tudo começa a acabar dentro
de mim.
E eu pareço não me importar
muito com isso.
Apenas sinto saudade
de alguns olhares
sorrisos
beijos.
Mas as coisas passam
e acabam.
E eu estou pronto:
com minha mente suja
e pervertida.
Pensando que
todo mundo
sabe o que acontece
em mim.
E o ônibus pára
e eu desço
e não sei bem
onde eu estou. Ou se
cheguei a algum
lugar.
ônibus e ele
anda
por lugares e pessoas
que não conheço.
E senta alguém
do meu lado.
E na minha cabeça
algumas palavras
algumas dores
sentimentos e sorrisos
se juntam
e eu penso em alguns
versos para outro poema.
Ninguém sabe o que eu
estou fazendo.
E eles me olham e me
julgam e
eu penso
se eles imaginam
o que se passa pela minha
cabeça.
Se eles conhecem
os versos
sujos
e mal feitos que eu
vomito no
teclado.
E, então, eu penso
que se eu sorrisse mais
seria mais feliz,
fizesse mais sexo
ou algum sexo
eu seria mais feliz.
E tudo começa a acabar dentro
de mim.
E eu pareço não me importar
muito com isso.
Apenas sinto saudade
de alguns olhares
sorrisos
beijos.
Mas as coisas passam
e acabam.
E eu estou pronto:
com minha mente suja
e pervertida.
Pensando que
todo mundo
sabe o que acontece
em mim.
E o ônibus pára
e eu desço
e não sei bem
onde eu estou. Ou se
cheguei a algum
lugar.
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Homem Morto
Eu subi as escadas
como numa marcha
fúnebre.
Sem vontade de ir,
sem ânsia alguma de
chegar.
Com um olhar
cansado
e despretensioso.
Com minha vida, e
só.
Eu vi ela, de longe, e
meus olhos
desviaram
e eu queria voltar
não suportaria
mais um:
"oi"
"ôpa"
Eu queria mais
e não poderia
ter.
Eu queria o que nunca
pude, eu queria ela.
E minhas pernas caminhavam
trêmulas
por aquele corredor.
Até o inevitável.
Ela olhou pra mim, e sorriu
um sorriso
apático:
"oi"
"ôpa"
E eu passei por ela.
E as pessoas
choravam enquanto eu passava.
"Homem morto passando",
gritavam.
Algumas seguravam flores, outras
as jogavam em mim.
E eu segui pelo corredor
naquela marcha
fúnebre e
cheguei.
Sem nenhuma
ânsia
de sair.
como numa marcha
fúnebre.
Sem vontade de ir,
sem ânsia alguma de
chegar.
Com um olhar
cansado
e despretensioso.
Com minha vida, e
só.
Eu vi ela, de longe, e
meus olhos
desviaram
e eu queria voltar
não suportaria
mais um:
"oi"
"ôpa"
Eu queria mais
e não poderia
ter.
Eu queria o que nunca
pude, eu queria ela.
E minhas pernas caminhavam
trêmulas
por aquele corredor.
Até o inevitável.
Ela olhou pra mim, e sorriu
um sorriso
apático:
"oi"
"ôpa"
E eu passei por ela.
E as pessoas
choravam enquanto eu passava.
"Homem morto passando",
gritavam.
Algumas seguravam flores, outras
as jogavam em mim.
E eu segui pelo corredor
naquela marcha
fúnebre e
cheguei.
Sem nenhuma
ânsia
de sair.
Meus Dedos
E não tinha muita
coisa.
Era a escuridão e nós
e uma vela.
Mas tinha
nós
e isso preenchia
todo aquele
espaço
vazio.
E algumas latas
de cerveja
separavam minhas
mãos das
dela. E mesmo assim
elas normalmente estavam
acompanhadas de um
cigarro dividido.
Mas elas se encontraram
e meus dedos pareciam
não querer
ir
embora.
E nós rimos
juntos.
E na hora de chorar
ela disse que seria
maravilhoso
chorar
comigo.
E meus dedos
só queriam sua pele.
Enquanto
meus olhos
procuravam os dela.
E se encontravam
e um sorriso
envergonhado saia
da minha boca.
E eu a beijei.
E eu sorri.
E eu vivi.
coisa.
Era a escuridão e nós
e uma vela.
Mas tinha
nós
e isso preenchia
todo aquele
espaço
vazio.
E algumas latas
de cerveja
separavam minhas
mãos das
dela. E mesmo assim
elas normalmente estavam
acompanhadas de um
cigarro dividido.
Mas elas se encontraram
e meus dedos pareciam
não querer
ir
embora.
E nós rimos
juntos.
E na hora de chorar
ela disse que seria
maravilhoso
chorar
comigo.
E meus dedos
só queriam sua pele.
Enquanto
meus olhos
procuravam os dela.
E se encontravam
e um sorriso
envergonhado saia
da minha boca.
E eu a beijei.
E eu sorri.
E eu vivi.
terça-feira, 4 de novembro de 2008
O Encanto
Não preciso
de muita
coisa.
Os poucos beijos
já doem
o suficiente.
E tudo
passa.
As poucas palavras
constrangem
o suficiente.
E eu
caminho.
Os poucos abraços
machucam
o suficiente.
E eu não
vejo.
Os poucos carinhos
destroem
o suficiente.
E eu
me calo.
Os pouocs olhares
choram
o suficiente.
E eu
me deito.
As poucas risadas
mentem
o suficiente.
E tudo
passa.
Eu tenho
tudo.
Mas me
falta
muita
coisa.
de muita
coisa.
Os poucos beijos
já doem
o suficiente.
E tudo
passa.
As poucas palavras
constrangem
o suficiente.
E eu
caminho.
Os poucos abraços
machucam
o suficiente.
E eu não
vejo.
Os poucos carinhos
destroem
o suficiente.
E eu
me calo.
Os pouocs olhares
choram
o suficiente.
E eu
me deito.
As poucas risadas
mentem
o suficiente.
E tudo
passa.
Eu tenho
tudo.
Mas me
falta
muita
coisa.
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Os dois.
Restam dois
cigarros. Dois dedos
de vinho.
E eu já morri
duas vezes
hoje.
Duas mulheres
fazem meu estômago
embrulhar.
Dois beijos
salvariam
minha vida.
Duas horas
é tudo o que tenho
antes de partir.
Duas pessoas passaram
por mim e
me acham um retardado.
E eu sou um retardo; duas mil
outras pessoas
concordam.
E, apenas,
uma bala;
um revólver;
um gatilho;
um dedo
acabaria com isso
tudo.
Mas nada é tao fácil assim.
Duas lágrimas
tocam o chão.
cigarros. Dois dedos
de vinho.
E eu já morri
duas vezes
hoje.
Duas mulheres
fazem meu estômago
embrulhar.
Dois beijos
salvariam
minha vida.
Duas horas
é tudo o que tenho
antes de partir.
Duas pessoas passaram
por mim e
me acham um retardado.
E eu sou um retardo; duas mil
outras pessoas
concordam.
E, apenas,
uma bala;
um revólver;
um gatilho;
um dedo
acabaria com isso
tudo.
Mas nada é tao fácil assim.
Duas lágrimas
tocam o chão.
O suicida
Eu falei horas e
horas e mais
horas
sobre a importância
do beijo. E como
ele nos afetaria.
E que, talvez,
fosse a única salvação
para eu ser um ser
quase
normal.
Eu queria aquele
beijo; eu precisava
daquilo.
Eu olhava no olho
dela
e não via desejo algum, enquanto
o meu queimava
de vontade e falta de
confiança.
Sentia
que eu
diminuia, indo em direção
do chão. Em pouco tempo
eu gritava, dos seus pés,
as razões para ela
aceitar meus lábios
nos dela e que
ela poderia se arrepender
a qualquer minuto. Me jogando
na lama, na lama
de onde eu venho.
E pisar em cima
de mim.
Eu tentava parar
de falar. Já me sentia
escroto, patético
ridículo. Mas
não conseguia.
As palavras dela
ecoavam por minha
mente: "Eu quero um
amigo. É o que eu estou
procurando."
Sempre me fodi com isso:
um amigo.
Mas, mesmo assim, mesmo me
sentindo
o maior idiota
do mundo
eu continuava a falar.
Eu me explicava, e ela
olhava para os lados
com um tédio
de quem está preso.
Ela estava presa a mim, e
eu era o pior carcereiro
do mundo.
O beijo que eu esperava
que fosse interromper
minhas palavras não
veio.
E um silêncio me
subiu as costas quando
desisti. E me sufocava.
E algumas palavras
salvaram minha
vida:
"Por que falar tudo
isso, quando
podia ter, apenas, me
beijado?"
E essa pergunta
me libertou, de certa
forma, e me matou um pouco
também.
E o beijo foi bom e o
abraço
melhor.
E eu morro sozinho,
um suicida sem
intenção.
horas e mais
horas
sobre a importância
do beijo. E como
ele nos afetaria.
E que, talvez,
fosse a única salvação
para eu ser um ser
quase
normal.
Eu queria aquele
beijo; eu precisava
daquilo.
Eu olhava no olho
dela
e não via desejo algum, enquanto
o meu queimava
de vontade e falta de
confiança.
Sentia
que eu
diminuia, indo em direção
do chão. Em pouco tempo
eu gritava, dos seus pés,
as razões para ela
aceitar meus lábios
nos dela e que
ela poderia se arrepender
a qualquer minuto. Me jogando
na lama, na lama
de onde eu venho.
E pisar em cima
de mim.
Eu tentava parar
de falar. Já me sentia
escroto, patético
ridículo. Mas
não conseguia.
As palavras dela
ecoavam por minha
mente: "Eu quero um
amigo. É o que eu estou
procurando."
Sempre me fodi com isso:
um amigo.
Mas, mesmo assim, mesmo me
sentindo
o maior idiota
do mundo
eu continuava a falar.
Eu me explicava, e ela
olhava para os lados
com um tédio
de quem está preso.
Ela estava presa a mim, e
eu era o pior carcereiro
do mundo.
O beijo que eu esperava
que fosse interromper
minhas palavras não
veio.
E um silêncio me
subiu as costas quando
desisti. E me sufocava.
E algumas palavras
salvaram minha
vida:
"Por que falar tudo
isso, quando
podia ter, apenas, me
beijado?"
E essa pergunta
me libertou, de certa
forma, e me matou um pouco
também.
E o beijo foi bom e o
abraço
melhor.
E eu morro sozinho,
um suicida sem
intenção.
Sobre álcool e amor
Há sempre o amor.
Sim, o belo
amor.
Mas isso
é para os
belos.
E isso
eu não tenho:
beleza. Então
para mim o amor é como
álcool. Ou
o vinho. Que acaba
a cada gole feroz que
dou nele.
E os sonhos escapam pelo
canto da minha boca. Deixando
apenas
manchas tristes em minha
camisa.
Ou talvez ele seja como
a sagrada cerveja.
Que nos faz ir tanto ao banheiro
para uma mijada ocasional.
Mas essa
rotina
me cansa tanto
que só resta um
vômito
suave e a lágrima no canto
do olho
esquerdo.
Mas pode ser um
uísque
também.
Que eu misturo água,
gêlo e sentimento
tudo para atenuar o gosto
amargo e forte. E que
por mais suave que possa parecer
no fundo
eu sei que um arrepio virá
e isso vai acabar com minha
alma.
E amor faz isso
acaba
comigo. Numa palavra errada
num gesto patético
num sorriso idiota.
Então eu fico com
o álcool
e a dor de saber que nunca
pude.
Sim, o belo
amor.
Mas isso
é para os
belos.
E isso
eu não tenho:
beleza. Então
para mim o amor é como
álcool. Ou
o vinho. Que acaba
a cada gole feroz que
dou nele.
E os sonhos escapam pelo
canto da minha boca. Deixando
apenas
manchas tristes em minha
camisa.
Ou talvez ele seja como
a sagrada cerveja.
Que nos faz ir tanto ao banheiro
para uma mijada ocasional.
Mas essa
rotina
me cansa tanto
que só resta um
vômito
suave e a lágrima no canto
do olho
esquerdo.
Mas pode ser um
uísque
também.
Que eu misturo água,
gêlo e sentimento
tudo para atenuar o gosto
amargo e forte. E que
por mais suave que possa parecer
no fundo
eu sei que um arrepio virá
e isso vai acabar com minha
alma.
E amor faz isso
acaba
comigo. Numa palavra errada
num gesto patético
num sorriso idiota.
Então eu fico com
o álcool
e a dor de saber que nunca
pude.
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Dança
Eu parei e dancei.
Ali parado
na frente dela.
Porra, logo eu
que nunca danço.
Abanava meu rabo, abanava
de felicidade. Um abano
patético. Com uma cara
igualmente ridícula e meu velho
Mas no fundo
eu sabia que eu era
tudo disso.
Que logo mais
alguma palavra sairia
Porra, logo eu
que nunca danço.
Abanava meu rabo, abanava
de felicidade. Um abano
patético. Com uma cara
igualmente ridícula e meu velho
sorriso
forçado.
"Não, não,
tu não é nada disso.
Tu é legal, porra! Não pensa em
nada.", pensava,
forçado.
"Não, não,
tu não é nada disso.
Tu é legal, porra! Não pensa em
nada.", pensava,
já estragando meus
planos.
Mas no fundo
eu sabia que eu era
tudo disso.
Que logo mais
alguma palavra sairia
da minha boca
explodiria
explodiria
e me mataria de novo.
Eu sabia que um gesto
meu
iria
Eu sabia que um gesto
meu
iria
me corroer
pelo resto
pelo resto
da vida.
Que eu teria nojo
ao lembrar.
Que eu teria que forçar
uma risada psicótica, assim
Que eu teria nojo
ao lembrar.
Que eu teria que forçar
uma risada psicótica, assim
tirada do nada
para parar de pensar
no meu "oi" encabulado;
no meu "tchau" descoordenado;
no meu rosto;
em mim.
Eu estava pronto para a batalha:
eu X eu.
E só haveria um perdedor. Mas ninguém
poderia ganhar.
para parar de pensar
no meu "oi" encabulado;
no meu "tchau" descoordenado;
no meu rosto;
em mim.
Eu estava pronto para a batalha:
eu X eu.
E só haveria um perdedor. Mas ninguém
poderia ganhar.
Eu não perdi a batalha.
Ela dançou comigo, riu
me beijou, me apertou,
fez com que eu deixasse
de pensar em mim,
mas a guerra, isso é outra
história.
Na guerra
eu morro no final
assim, como um Romeu
sem Julieta.
Como sempre, sem chance,
assim, como um Romeu
sem Julieta.
Como sempre, sem chance,
pensei. Não consigo
me sentir melhor. Eu me vi
de novo.
E nada
no mundo vai me fazer
dançar
me sentir melhor. Eu me vi
de novo.
E nada
no mundo vai me fazer
dançar
outra vez.
domingo, 19 de outubro de 2008
Minha Carne
Eu corto minha
carne
em excesso
sem vida.
E o sangue desce
pelo meu corpo.
E o álcool
desce pela
minha garganta.
E eu já não me sinto
tão mal assim. Eu me sinto
vivo. A dor faz
com que eu me lembre
que eu posso sofrer
mais. E eu sofro mais.
E eu não tenho ninguém.
Só o meu sangue.
Só minha vida.
Só.
E a vida passa assim.
Sempre passou.
E não tiro nada disso tudo.
Ninguém tira.
Mas eu não consigo
me enganar.
carne
em excesso
sem vida.
E o sangue desce
pelo meu corpo.
E o álcool
desce pela
minha garganta.
E eu já não me sinto
tão mal assim. Eu me sinto
vivo. A dor faz
com que eu me lembre
que eu posso sofrer
mais. E eu sofro mais.
E eu não tenho ninguém.
Só o meu sangue.
Só minha vida.
Só.
E a vida passa assim.
Sempre passou.
E não tiro nada disso tudo.
Ninguém tira.
Mas eu não consigo
me enganar.
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Os passarinhos
Vou dormir, e passarinhos
cantam.
Cantam ao dia que nasce.
E eu vejo
programas de detetives
e penso
que poderia fazer igual.
Fazer melhor.
Eu poderia
cometer o assassinato
perfeito.
Com calma e cuidado.
Uma pessoa que eu não conheço
que eu nunca vi, eu chego por trás
e corto a garganta.
O sangue desaba como uma
cachoeira.
A mais bela de todas.
E eu vejo o corpo cair.
Limpo a faca. Com um pano
limpo, que fica
vermelho.
E eu danço
um pouco.
E eu bebo uma cerveja
com a pessoa que mais
escuta o que eu tenho a dizer.
Com a pessoa no chão.
Com a vida na mão.
Com dor, talvez.
E os passarinhos cantam mais
e mais
alto.
Meus olhos querem fechar.
E o corpo no chão
me olha.
E eu olho a minha vida;
para dentro de mim.
E esses passarinhos
malditos
cantam
mais
e mais
alto.
cantam.
Cantam ao dia que nasce.
E eu vejo
programas de detetives
e penso
que poderia fazer igual.
Fazer melhor.
Eu poderia
cometer o assassinato
perfeito.
Com calma e cuidado.
Uma pessoa que eu não conheço
que eu nunca vi, eu chego por trás
e corto a garganta.
O sangue desaba como uma
cachoeira.
A mais bela de todas.
E eu vejo o corpo cair.
Limpo a faca. Com um pano
limpo, que fica
vermelho.
E eu danço
um pouco.
E eu bebo uma cerveja
com a pessoa que mais
escuta o que eu tenho a dizer.
Com a pessoa no chão.
Com a vida na mão.
Com dor, talvez.
E os passarinhos cantam mais
e mais
alto.
Meus olhos querem fechar.
E o corpo no chão
me olha.
E eu olho a minha vida;
para dentro de mim.
E esses passarinhos
malditos
cantam
mais
e mais
alto.
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
A Fuga
A minha boca
seca. Com um gosto
amargo. Gosto de
derrota.
E duas carteiras
de cigarro acabaram
em minhas mãos.
E o gosto não
sai. E algumas
lágrimas
tentam sair dos meus
olhos.
Mas não conseguem.
Eu não consigo
mais.
Jogo cerveja nisso
tudo.
Nada.
Jogo uísque e
nada.
Me jogo na lama.
Minha alma tenta
escapar. Ela foge pelas
minhas narinas
pela minha boca.
Mas eu prendo ela.
E ela não pára
de tentar ir
embora.
Assim como elas
sempre vão.
E continuo lutando.
E o gosto não sai
da minha língua, da minha
boca, do meu coração.
Meu ar está
acabando. E eu aperto meu
nariz e minha boca
minha alma e
meu coração
doem
sangram.
Minha visão começa a acabar
a passos lentos eu
vou caindo e caindo
e caindo
e é só escuridão.
Acordo horas
depois. Limpo.
E a lama não
quer sair de mim.
De dentro de mim.
E eu sento e fumo um cigarro
e tomo uma cerveja.
E penso um pouco.
Não sinto minha
alma. Me sinto vazio.
Pronto.
As lágrimas podem
cair.
E elas desabam
e eu ponho a mão
no rosto e
é só mais um dia.
seca. Com um gosto
amargo. Gosto de
derrota.
E duas carteiras
de cigarro acabaram
em minhas mãos.
E o gosto não
sai. E algumas
lágrimas
tentam sair dos meus
olhos.
Mas não conseguem.
Eu não consigo
mais.
Jogo cerveja nisso
tudo.
Nada.
Jogo uísque e
nada.
Me jogo na lama.
Minha alma tenta
escapar. Ela foge pelas
minhas narinas
pela minha boca.
Mas eu prendo ela.
E ela não pára
de tentar ir
embora.
Assim como elas
sempre vão.
E continuo lutando.
E o gosto não sai
da minha língua, da minha
boca, do meu coração.
Meu ar está
acabando. E eu aperto meu
nariz e minha boca
minha alma e
meu coração
doem
sangram.
Minha visão começa a acabar
a passos lentos eu
vou caindo e caindo
e caindo
e é só escuridão.
Acordo horas
depois. Limpo.
E a lama não
quer sair de mim.
De dentro de mim.
E eu sento e fumo um cigarro
e tomo uma cerveja.
E penso um pouco.
Não sinto minha
alma. Me sinto vazio.
Pronto.
As lágrimas podem
cair.
E elas desabam
e eu ponho a mão
no rosto e
é só mais um dia.
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