quinta-feira, 13 de novembro de 2008

O Ônibus

Eu sento no
ônibus e ele
anda
por lugares e pessoas
que não conheço.
E senta alguém
do meu lado.
E na minha cabeça
algumas palavras
algumas dores
sentimentos e sorrisos
se juntam
e eu penso em alguns
versos para outro poema.
Ninguém sabe o que eu
estou fazendo.
E eles me olham e me
julgam e
eu penso
se eles imaginam
o que se passa pela minha
cabeça.
Se eles conhecem
os versos
sujos
e mal feitos que eu
vomito no
teclado.
E, então, eu penso
que se eu sorrisse mais
seria mais feliz,
fizesse mais sexo
ou algum sexo
eu seria mais feliz.
E tudo começa a acabar dentro
de mim.
E eu pareço não me importar
muito com isso.
Apenas sinto saudade
de alguns olhares
sorrisos
beijos.
Mas as coisas passam
e acabam.
E eu estou pronto:
com minha mente suja
e pervertida.
Pensando que
todo mundo
sabe o que acontece
em mim.
E o ônibus pára
e eu desço
e não sei bem
onde eu estou. Ou se
cheguei a algum
lugar.

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