segunda-feira, 21 de abril de 2008

O fardo de uma geração.

O cigarro enaltecendo a vida
a chama do que um dia
fomos
O passado
o presente
fundidos numa trama diabólica.
O preço que pagamos
nos é cobrado com sangue
a vida toma o que deu
e ninguém está preparado
para o dia do pagamento.

Nunca iremos descansar.
Correremos, aflitos, pelos
corredores ensangüentados
de um porão assustador.
Morreremos como bandidos
viveremos a vida pagã.
Somos herdeiros de um mundo sem asilo.
Somos o que se perdeu
uma geração inteira
sem nada
sem coragem
sem sorriso.
Não chore.
Eu não choro,
pois tudo é maravilhoso.
Amém.