segunda-feira, 15 de julho de 2013

o que eu quero

não quero essa idolatria por estrelas mortas
no céu e na terra
essas palavras cheias de respostas
esses rostos em todos os cantos
essa imposição de soluções
esse eterno discurso morto
no céu e na terra
que nós sem querer criamos
e deixamos nos criar
essa inversão entre poder e dever
essa nossa eterna mania de se diminuir
de ser pequeno para impor sentido -
essa necessidade de algo maior.

não, não quero palavras respostas
prontas
em pedras ou folhas amarelas;
quero palavras caminhos
de questões e olhos lindos
percorrendo trilhas
vivas e luminosas.