quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Meus Dedos

E não tinha muita
coisa.
Era a escuridão e nós
e uma vela.
Mas tinha
nós
e isso preenchia
todo aquele
espaço
vazio.
E algumas latas
de cerveja
separavam minhas
mãos das
dela. E mesmo assim
elas normalmente estavam
acompanhadas de um
cigarro dividido.
Mas elas se encontraram
e meus dedos pareciam
não querer
ir
embora.
E nós rimos
juntos.
E na hora de chorar
ela disse que seria
maravilhoso
chorar
comigo.
E meus dedos
só queriam sua pele.
Enquanto
meus olhos
procuravam os dela.
E se encontravam
e um sorriso
envergonhado saia
da minha boca.
E eu a beijei.
E eu sorri.
E eu vivi.

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