domingo, 19 de outubro de 2008

Minha Carne

Eu corto minha
carne
em excesso
sem vida.
E o sangue desce
pelo meu corpo.
E o álcool
desce pela
minha garganta.
E eu já não me sinto
tão mal assim. Eu me sinto
vivo. A dor faz
com que eu me lembre
que eu posso sofrer
mais. E eu sofro mais.
E eu não tenho ninguém.
Só o meu sangue.
Só minha vida.
Só.
E a vida passa assim.
Sempre passou.
E não tiro nada disso tudo.
Ninguém tira.
Mas eu não consigo
me enganar.

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