Não tinha nada ali
era tudo só luz e
brilho e
tinha saudade
ali.
Tinha muita saudade
espalhada por
tudo.
Era um ser
e não ser.
Mas, ah,
era realidade,
era mesmo
realidade.
Era uma paixão nascendo.
Era um medo morrendo.
Era um
para-sempre
definhando.
Era um
e
já foi.
segunda-feira, 13 de julho de 2009
sexta-feira, 3 de julho de 2009
About sun and water
I remember when I
was a little boy
and I used to sit there
in front of my window
looking outside at that beautiful
landscape.
I was about 7
or 8
and I'd watch
that sunset
every late afternoon
with the smell
of fresh beans coming
from downstairs.
So I'd feel this great peace
coming to my soul.
And as I grew older I stayed there
- not in the window -
but in the park benches
in front of the lake,
fulling my heart with booze
or madness,
hanging out with bums
like a bum.
But - from time to time -
I$'d remember
that window
and that sun
and that smell.
So I'd forget
the pot, booze
madness,
pain, love
women,
unlove, work,
classes fucking everything
all around me.
That lake
- I know -
is filthy,
as filthy as it goes,
but I drank
its water
my whole
life.
I still can feel
it.
That hot water
with that wonderful
sun
sitting
there.
was a little boy
and I used to sit there
in front of my window
looking outside at that beautiful
landscape.
I was about 7
or 8
and I'd watch
that sunset
every late afternoon
with the smell
of fresh beans coming
from downstairs.
So I'd feel this great peace
coming to my soul.
And as I grew older I stayed there
- not in the window -
but in the park benches
in front of the lake,
fulling my heart with booze
or madness,
hanging out with bums
like a bum.
But - from time to time -
I$'d remember
that window
and that sun
and that smell.
So I'd forget
the pot, booze
madness,
pain, love
women,
unlove, work,
classes fucking everything
all around me.
That lake
- I know -
is filthy,
as filthy as it goes,
but I drank
its water
my whole
life.
I still can feel
it.
That hot water
with that wonderful
sun
sitting
there.
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
Meu pau e a janela
Eu vejo o dia
amanhecer
pela janela do
meu quarto.
As casas de luzes apagadas
e, pelo menos,
mil pessoas dormindo.
Com seus paus
moles.
Enquanto eu
mantenho
o meu duro.
O ônibus
faz seu trabalho
e não tem ninguém
para trabalhar
no meu
pau.
amanhecer
pela janela do
meu quarto.
As casas de luzes apagadas
e, pelo menos,
mil pessoas dormindo.
Com seus paus
moles.
Enquanto eu
mantenho
o meu duro.
O ônibus
faz seu trabalho
e não tem ninguém
para trabalhar
no meu
pau.
Aos 40
Deitado numa cama, com
tocos de cigarro
enchendo
um cinzeiro
vermelho e
brega.
Uma mulher ao
lado -
uma mulher
sem
nome -
e eu estou
morto.
Então
nos jornais:
"Ilustre poeta que
nunca foi lido
morre."
E irão publicar
uma cópia
deste poema -
escrito aos 20
anos, e sem esperança -
dizendo que eu
sabia das coisas.
Dizendo que eu
falava a verdade.
E alguns críticos
irão se interessar
pelo meu trabalho
e
talvez
eu ganhe uma
biografia
cheia de erros -
meus erros.
E as editoras
irão fazer
algum dinheiro
com isso
enquanto eu fiquei sem
nada,
como Vincent,
mas mantive minha orelha, apesar
de ter desistido
da sanidade -
mesmo aos 20.
E o tempo vai
passar e meus poemas
irão passar e as
pessoas irão notar
que eu não era
realmente
bom.
E eu vou ter acertado
em cheio
novamente
o futuro.
Mas não
espero
elogios e
reconhecimento dessa
vez.
Enquanto meu pau
apodrece e faz
meia duzia de mulheres infelizes
a minha genialidade
volta
ao normal -
a não existir.
tocos de cigarro
enchendo
um cinzeiro
vermelho e
brega.
Uma mulher ao
lado -
uma mulher
sem
nome -
e eu estou
morto.
Então
nos jornais:
"Ilustre poeta que
nunca foi lido
morre."
E irão publicar
uma cópia
deste poema -
escrito aos 20
anos, e sem esperança -
dizendo que eu
sabia das coisas.
Dizendo que eu
falava a verdade.
E alguns críticos
irão se interessar
pelo meu trabalho
e
talvez
eu ganhe uma
biografia
cheia de erros -
meus erros.
E as editoras
irão fazer
algum dinheiro
com isso
enquanto eu fiquei sem
nada,
como Vincent,
mas mantive minha orelha, apesar
de ter desistido
da sanidade -
mesmo aos 20.
E o tempo vai
passar e meus poemas
irão passar e as
pessoas irão notar
que eu não era
realmente
bom.
E eu vou ter acertado
em cheio
novamente
o futuro.
Mas não
espero
elogios e
reconhecimento dessa
vez.
Enquanto meu pau
apodrece e faz
meia duzia de mulheres infelizes
a minha genialidade
volta
ao normal -
a não existir.
domingo, 21 de dezembro de 2008
Porcelana Chinesa
Num restaurante chinês
que servia batata
frita e arroz
o chão
oleoso
grudava meu chinelo.
Um homem de regata
pingava o suor na comida.
O dono fedia.
Num restaurante chinês
que servia batata
frita e arroz
as pessoas
mais decadentes do bairro
caminhavam por corredores
estreitos e voltavam
com montanhas em seus pratos.
A comida tinha o mesmo gosto
pimenta e frango, fosse
peixe, fosse o que for.
O garçom foi ao banheiro
e não lavou a mão.
E havia uma marca na porcelana
do vaso.
Num restaurante chinês
que servia batata
frita e arroz
eu pensei:
"Que refeição agradável."
que servia batata
frita e arroz
o chão
oleoso
grudava meu chinelo.
Um homem de regata
pingava o suor na comida.
O dono fedia.
Num restaurante chinês
que servia batata
frita e arroz
as pessoas
mais decadentes do bairro
caminhavam por corredores
estreitos e voltavam
com montanhas em seus pratos.
A comida tinha o mesmo gosto
pimenta e frango, fosse
peixe, fosse o que for.
O garçom foi ao banheiro
e não lavou a mão.
E havia uma marca na porcelana
do vaso.
Num restaurante chinês
que servia batata
frita e arroz
eu pensei:
"Que refeição agradável."
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
O amor
Você não pode ter medo
de amar, do amor
da vida.
Ame sempre.
Aproveite qualquer opurtunidade
um sorriso
um carinho
um gesto
um abraço.
Aproveite.
Mas não fique parado
não espere a destruição:
ame e fuja!
Não deixe o tempo
prender suas pernas para cima.
O tempo é aliado do compromisso
e você entrou nessa guerra
sozinho
você e seu amor.
Fuja!
Mas ame primeiro. Beije.
Abrace. Chore.
Ame tudo o que anda. Tudo o que caminha.
Tudo o que tem filho.
Mas se prepare.
Corra!
O tempo vai partir sua cabeça.
de amar, do amor
da vida.
Ame sempre.
Aproveite qualquer opurtunidade
um sorriso
um carinho
um gesto
um abraço.
Aproveite.
Mas não fique parado
não espere a destruição:
ame e fuja!
Não deixe o tempo
prender suas pernas para cima.
O tempo é aliado do compromisso
e você entrou nessa guerra
sozinho
você e seu amor.
Fuja!
Mas ame primeiro. Beije.
Abrace. Chore.
Ame tudo o que anda. Tudo o que caminha.
Tudo o que tem filho.
Mas se prepare.
Corra!
O tempo vai partir sua cabeça.
domingo, 7 de dezembro de 2008
Mijada
às duas da
manhã, com um copo de
cerveja na boca,
mijando e olhando
a Lua mais bonita
que eu já vi
eu penso
nela. e eu penso na
outra. e eu continuo
mijando
com um sorriso
estampado no canto da
boca
retribuindo o sorriso
da Lua.
enquanto um carro
passa por mim
e alguém grita alguma
coisa. mas a Lua não
deixa eu me incomodar.
a Lua não deixa elas
irem embora
assim
tão fácil.
e o carro vai
e passa o sinal vermelho
e minha alma fica.
dividida
entre dois sorrios
mas o da Lua
já é meu.
manhã, com um copo de
cerveja na boca,
mijando e olhando
a Lua mais bonita
que eu já vi
eu penso
nela. e eu penso na
outra. e eu continuo
mijando
com um sorriso
estampado no canto da
boca
retribuindo o sorriso
da Lua.
enquanto um carro
passa por mim
e alguém grita alguma
coisa. mas a Lua não
deixa eu me incomodar.
a Lua não deixa elas
irem embora
assim
tão fácil.
e o carro vai
e passa o sinal vermelho
e minha alma fica.
dividida
entre dois sorrios
mas o da Lua
já é meu.
domingo, 16 de novembro de 2008
Momentos
Eu tenho poucos
motivos
para sorrir.
Mas isso basta
para que viva uma
vida repleta.
Repleta de dor e
solidão. Mas
com um sorriso no canto
da minha boca
estúpida.
E eu minto para mim
mesmo
só para
respirar
melhor.
Para viver
mais
um dia;
para sorrir.
E minha boca
e minhas mãos
e meu abraço
não são bons o suficiente
para agarrar
e segurar
tudo o que eu amo.
Mas meus olhos sempre vêem
tudo ir
embora.
E de amores
o que eu mais lembro
são as costas.
E alguns momentos
cheios de alegria
e lágrimas.
motivos
para sorrir.
Mas isso basta
para que viva uma
vida repleta.
Repleta de dor e
solidão. Mas
com um sorriso no canto
da minha boca
estúpida.
E eu minto para mim
mesmo
só para
respirar
melhor.
Para viver
mais
um dia;
para sorrir.
E minha boca
e minhas mãos
e meu abraço
não são bons o suficiente
para agarrar
e segurar
tudo o que eu amo.
Mas meus olhos sempre vêem
tudo ir
embora.
E de amores
o que eu mais lembro
são as costas.
E alguns momentos
cheios de alegria
e lágrimas.
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
O Ônibus
Eu sento no
ônibus e ele
anda
por lugares e pessoas
que não conheço.
E senta alguém
do meu lado.
E na minha cabeça
algumas palavras
algumas dores
sentimentos e sorrisos
se juntam
e eu penso em alguns
versos para outro poema.
Ninguém sabe o que eu
estou fazendo.
E eles me olham e me
julgam e
eu penso
se eles imaginam
o que se passa pela minha
cabeça.
Se eles conhecem
os versos
sujos
e mal feitos que eu
vomito no
teclado.
E, então, eu penso
que se eu sorrisse mais
seria mais feliz,
fizesse mais sexo
ou algum sexo
eu seria mais feliz.
E tudo começa a acabar dentro
de mim.
E eu pareço não me importar
muito com isso.
Apenas sinto saudade
de alguns olhares
sorrisos
beijos.
Mas as coisas passam
e acabam.
E eu estou pronto:
com minha mente suja
e pervertida.
Pensando que
todo mundo
sabe o que acontece
em mim.
E o ônibus pára
e eu desço
e não sei bem
onde eu estou. Ou se
cheguei a algum
lugar.
ônibus e ele
anda
por lugares e pessoas
que não conheço.
E senta alguém
do meu lado.
E na minha cabeça
algumas palavras
algumas dores
sentimentos e sorrisos
se juntam
e eu penso em alguns
versos para outro poema.
Ninguém sabe o que eu
estou fazendo.
E eles me olham e me
julgam e
eu penso
se eles imaginam
o que se passa pela minha
cabeça.
Se eles conhecem
os versos
sujos
e mal feitos que eu
vomito no
teclado.
E, então, eu penso
que se eu sorrisse mais
seria mais feliz,
fizesse mais sexo
ou algum sexo
eu seria mais feliz.
E tudo começa a acabar dentro
de mim.
E eu pareço não me importar
muito com isso.
Apenas sinto saudade
de alguns olhares
sorrisos
beijos.
Mas as coisas passam
e acabam.
E eu estou pronto:
com minha mente suja
e pervertida.
Pensando que
todo mundo
sabe o que acontece
em mim.
E o ônibus pára
e eu desço
e não sei bem
onde eu estou. Ou se
cheguei a algum
lugar.
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Homem Morto
Eu subi as escadas
como numa marcha
fúnebre.
Sem vontade de ir,
sem ânsia alguma de
chegar.
Com um olhar
cansado
e despretensioso.
Com minha vida, e
só.
Eu vi ela, de longe, e
meus olhos
desviaram
e eu queria voltar
não suportaria
mais um:
"oi"
"ôpa"
Eu queria mais
e não poderia
ter.
Eu queria o que nunca
pude, eu queria ela.
E minhas pernas caminhavam
trêmulas
por aquele corredor.
Até o inevitável.
Ela olhou pra mim, e sorriu
um sorriso
apático:
"oi"
"ôpa"
E eu passei por ela.
E as pessoas
choravam enquanto eu passava.
"Homem morto passando",
gritavam.
Algumas seguravam flores, outras
as jogavam em mim.
E eu segui pelo corredor
naquela marcha
fúnebre e
cheguei.
Sem nenhuma
ânsia
de sair.
como numa marcha
fúnebre.
Sem vontade de ir,
sem ânsia alguma de
chegar.
Com um olhar
cansado
e despretensioso.
Com minha vida, e
só.
Eu vi ela, de longe, e
meus olhos
desviaram
e eu queria voltar
não suportaria
mais um:
"oi"
"ôpa"
Eu queria mais
e não poderia
ter.
Eu queria o que nunca
pude, eu queria ela.
E minhas pernas caminhavam
trêmulas
por aquele corredor.
Até o inevitável.
Ela olhou pra mim, e sorriu
um sorriso
apático:
"oi"
"ôpa"
E eu passei por ela.
E as pessoas
choravam enquanto eu passava.
"Homem morto passando",
gritavam.
Algumas seguravam flores, outras
as jogavam em mim.
E eu segui pelo corredor
naquela marcha
fúnebre e
cheguei.
Sem nenhuma
ânsia
de sair.
Meus Dedos
E não tinha muita
coisa.
Era a escuridão e nós
e uma vela.
Mas tinha
nós
e isso preenchia
todo aquele
espaço
vazio.
E algumas latas
de cerveja
separavam minhas
mãos das
dela. E mesmo assim
elas normalmente estavam
acompanhadas de um
cigarro dividido.
Mas elas se encontraram
e meus dedos pareciam
não querer
ir
embora.
E nós rimos
juntos.
E na hora de chorar
ela disse que seria
maravilhoso
chorar
comigo.
E meus dedos
só queriam sua pele.
Enquanto
meus olhos
procuravam os dela.
E se encontravam
e um sorriso
envergonhado saia
da minha boca.
E eu a beijei.
E eu sorri.
E eu vivi.
coisa.
Era a escuridão e nós
e uma vela.
Mas tinha
nós
e isso preenchia
todo aquele
espaço
vazio.
E algumas latas
de cerveja
separavam minhas
mãos das
dela. E mesmo assim
elas normalmente estavam
acompanhadas de um
cigarro dividido.
Mas elas se encontraram
e meus dedos pareciam
não querer
ir
embora.
E nós rimos
juntos.
E na hora de chorar
ela disse que seria
maravilhoso
chorar
comigo.
E meus dedos
só queriam sua pele.
Enquanto
meus olhos
procuravam os dela.
E se encontravam
e um sorriso
envergonhado saia
da minha boca.
E eu a beijei.
E eu sorri.
E eu vivi.
terça-feira, 4 de novembro de 2008
O Encanto
Não preciso
de muita
coisa.
Os poucos beijos
já doem
o suficiente.
E tudo
passa.
As poucas palavras
constrangem
o suficiente.
E eu
caminho.
Os poucos abraços
machucam
o suficiente.
E eu não
vejo.
Os poucos carinhos
destroem
o suficiente.
E eu
me calo.
Os pouocs olhares
choram
o suficiente.
E eu
me deito.
As poucas risadas
mentem
o suficiente.
E tudo
passa.
Eu tenho
tudo.
Mas me
falta
muita
coisa.
de muita
coisa.
Os poucos beijos
já doem
o suficiente.
E tudo
passa.
As poucas palavras
constrangem
o suficiente.
E eu
caminho.
Os poucos abraços
machucam
o suficiente.
E eu não
vejo.
Os poucos carinhos
destroem
o suficiente.
E eu
me calo.
Os pouocs olhares
choram
o suficiente.
E eu
me deito.
As poucas risadas
mentem
o suficiente.
E tudo
passa.
Eu tenho
tudo.
Mas me
falta
muita
coisa.
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