é sentir a lágrima escorrendo pelo rosto
com o único objetivo de molhar o sorriso
é a gargalhada impossível de segurar
velhas dentro de elevadores
o som da palavra emperrado; repetida incansavelmente
todas as praças e seus malucos
as ruas do Menino Deus com cheiro de feijão
a zona sul de pequenas derrotas e vitórias
é criar marcas
é embalar para sentir o vento no rosto
12 anos
e o mesmo vento da primeira vez
o vento que sopra a dor embora
e lhe faz pular como uma criança
se divertir como uma criança
é o IAPI
é conseguir ver aquele sorriso que ela dá
daquele jeito que ela dá
e não entender o sorriso
e não entender o jeito
apenas sentir as orelhas quentes e o estômago frio
e algo dentro de você sabe que algo dentro de você
mudou ao ser inundado por esse sorriso
é o olho brilhando
é saber que sempre é diferente
em cada lugar; em cada minuto;
e mesmo assim
não impor sentido a isso
apenas abraçar o que se quer viver
e entender que sempre se pode rir no final
é ter a certeza que nem todos os poemas acabam.
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
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