segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Eu

Sem muita coisa pra dizer
e gritando insanamente
um urro sem controle
repleto de verdade
com ódio pelas que pessoas que passam
e um amor tão verdadeiro que só podia
passar rápido.
Uma vida de medo, e sem frescurra
uma vida assim
em 21 anos seguidos
com prazer e desgosto
com amor e desamor.

Um olho que brilha de idéias tolas
e embriagadas.
palavras patéticas e uma barba
molhada de cerveja.
Procurando sorrisos, olhares
com a idéia de que o amor
vai fazer tudo ser o que devia.
Sem saber o que devia ser.
Sem ter para onde ir.
Chorando muitas vezes
com filmes e mulheres e pesadelos acordado.

Alguém de verdade.
Acreditando sempre nela
e mentindo toda a hora, só para viver
mais um segundo
só para arrancar algum sorriso
de alguma boca.
Procurando auto-estima em algum lugar
procurando
em bares
ruas
livrarias
a felicidade
ou -o que realmente existe-
momentos felizes.
Sendo tudo o que não queriam que fosse
sendo eu
sendo o que posso
sendo o melhor que deu.
Com um sorriso tímido no canto esquerdo
da boca
pedindo desculpas constantemente
desculpas por estar
por saber
por falar
por calar.
Mudando todo dia, todo segundo
mudando após o primeiro gole
após o segundo
e trazendo a sujeira da vodka.
Me declarando para desconhecidas
falando de amor e de eternidade
sem saber direito o que é amor e eternidade
(mas quem sabe?)

Caminhando pela rua
esperando um abraço
um toque
um aperto de mão.
Sendo brega.
Sendo eu.

Um comentário:

Anônimo disse...

po mano tu falo a verdade afu!