Não julgue o poema
nunca
é tudo uma brincadeira.
O poema não é sério
não é esforço.
Olavo Bilac se esforçava
e só lembro dele
como o primeiro
a sofrer um acidente
de carro
no Brasil.
Não faz diferença.
O poema é liberdade.
Jogue palavras soltas
brinque com o amor
com o ódio.
Sentimentos opostos são
divertidos
um poema pode se basear em nada.
Não existe "um poema".
Use sempre o artigo definido;
brinque com o poema.
Fale sobre dor
sobre felicidade
sobre a cagada do dia anterior
sobre aventuras inexistentes
mas se divirta com o poema.
Seja livre, não precisa rimar
não precisa soar bem.
Flutue com o poema.
Misture tudo
viva
isso é o principal
viva todo o momento
seja chorando
ou rindo
mas viva.
Não é preciso talento
isso é besteira
o talento não supera
a experiência de se viver.
Escreva mil poemas numa noite
bebendo
fumando
se divertindo.
Haverá muita merda
mas o poema não
é um companheiro
difícil
ele entende a mediocridade
ele é somente
um companheiro.
Não existem poemas imortais
até que alguém
o transforme num.
Não seja escravo do poema
o poema é seu amigo.
O poema é liberdade.
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
domingo, 17 de fevereiro de 2008
Nada Mais.
Sozinho no campo
de imensa imensidão
do vazio
do escuro.
Só eu.
Minha cabeça gira,
como quiser,
gira.
E não vejo nada
nada é tudo que tenho.
E nada é tão bom assim.
Eu caminho no verde cor de sangue
de um pasto inexistente.
De uma vida
que inda passa
até passar.
Nos versos de um papel sujo
me perco e
nada é tão ruim assim.
Tudo é o que parece.
Nada podia
ser mais triste.
A realidade se faz de fantasia
para cortar meu pulso.
E nem reflexo eu tenho.
Nada.
Só geada no pasto que não há.
Uma cacheira azul de sangue corre
e o barulho me deixa mudo.
Eu grito, um grito silencioso.
Como a da árvore na floresta vazia.
E vazio é meu peito
no meio de rostos estranhos,
que, nem ao menos,
alí estão,
só solidão.
E nem sei
o que é
nada
é o que é:
tudo
nada mais.
de imensa imensidão
do vazio
do escuro.
Só eu.
Minha cabeça gira,
como quiser,
gira.
E não vejo nada
nada é tudo que tenho.
E nada é tão bom assim.
Eu caminho no verde cor de sangue
de um pasto inexistente.
De uma vida
que inda passa
até passar.
Nos versos de um papel sujo
me perco e
nada é tão ruim assim.
Tudo é o que parece.
Nada podia
ser mais triste.
A realidade se faz de fantasia
para cortar meu pulso.
E nem reflexo eu tenho.
Nada.
Só geada no pasto que não há.
Uma cacheira azul de sangue corre
e o barulho me deixa mudo.
Eu grito, um grito silencioso.
Como a da árvore na floresta vazia.
E vazio é meu peito
no meio de rostos estranhos,
que, nem ao menos,
alí estão,
só solidão.
E nem sei
o que é
nada
é o que é:
tudo
nada mais.
quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
Esse cara
Esse cara olha pra mim
esse cara olha e ri
ele debocha
da minha infelicidade
da minha falta de sorte
e eu só quero levantar e
esmurrar a cara
dele
para que todos riam
alto
e não disfarcem
o deboche
com aquela cara de cu
só quero ouvir
os risos
da sua infelicidade
da sua falta de sorte,
não da minha;
da minha vida.
esse cara olha e ri
ele debocha
da minha infelicidade
da minha falta de sorte
e eu só quero levantar e
esmurrar a cara
dele
para que todos riam
alto
e não disfarcem
o deboche
com aquela cara de cu
só quero ouvir
os risos
da sua infelicidade
da sua falta de sorte,
não da minha;
da minha vida.
domingo, 16 de dezembro de 2007
Redenção
Eu tenho dois caminhos
-eu sei que sim-
uma bifurcação diabólica.
Sempre há uma escolha
e eu não quero escolher,
sendo assim
eu escolhi a vida.
E fracassei como vagabundo.
Não sei se a saída mais fácil.
Não sei.
Eu vivo assim, sozinho e cheio de amor;
com um carinho que não mereço;
com alguém que me ama;
alguém que é divina.
Eu tenho amor
e posso gritar isso alto,
mesmo sendo tudo besteira
e sendo um sentimento
louco e miseráel:
"Eu sou feliz"
Porra, nunca quis acreditar.
Mas agora não tenho escolha
eu sou feliz,
que merda de sentimento utópico
que entra pelas minhas narinas
e me envolve
num gozo só
e me deixa constipado
ao pensar que menti pra mim
que não poderia ser.
Eu sou, eu sei
desculpa.
-eu sei que sim-
uma bifurcação diabólica.
Sempre há uma escolha
e eu não quero escolher,
sendo assim
eu escolhi a vida.
E fracassei como vagabundo.
Não sei se a saída mais fácil.
Não sei.
Eu vivo assim, sozinho e cheio de amor;
com um carinho que não mereço;
com alguém que me ama;
alguém que é divina.
Eu tenho amor
e posso gritar isso alto,
mesmo sendo tudo besteira
e sendo um sentimento
louco e miseráel:
"Eu sou feliz"
Porra, nunca quis acreditar.
Mas agora não tenho escolha
eu sou feliz,
que merda de sentimento utópico
que entra pelas minhas narinas
e me envolve
num gozo só
e me deixa constipado
ao pensar que menti pra mim
que não poderia ser.
Eu sou, eu sei
desculpa.
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